As obras de Andrea Antonon dialogam com as estrelas no sentido de terem um intenso brilho próprio. Não se alimentam tanto do mundo real, mas encontram em si mesmas fontes de luminosidade devido a discutirem continuamente o próprio ato de fazer poético e plástico. É uma arte que tem a criação como assunto. Pode haver referências à natureza e mesmo a outros elementos do dia a dia, mas a essência está na procura permanente de parâmetros para aprimoramento constante de uma construção geralmente terna, o que não exclui momentos de tensões. Existe, nesse embate carinhoso entre a artista, as técnicas, os materiais e os suportes que utiliza um percurso interno de amores e paixões. A pesquisa se concretiza pela busca por novas alterativas de modo a responder as indagações internas e as alheias em um movimento que se renova a cada trabalho. Não há acomodação, mas pesquisa que se realiza de diversas maneiras, tanto ao olhar o trabalho do outro como na procura para respostas para as inquietações viscerais. O essencial parece estar em não se deixar iludir por temas, mas buscar nas formas e técnicas as alternativas mais coerentes com as próprias intencionalidades.